sábado, 5 de dezembro de 2009

Otto ata

Ontem assistimos no Programa do Jô - sim, quando canso de ouvir e falar français ligo logo no site justintv pra dar uma relaxada - uma entrevista do Otto. Ele está de disco novo "Certa manhã acordei de sonhos intranquilos", que tem a produção e a presença do super Fernando Catatau (Cidadão Instigado) em todas as faixas.
Batone já tinha baixado o disco no um que tenha, resultado, viciei nessa faixa aqui:



Chama-se CRUA e já ouvi umas 53 vezes.
Quero mais o quê da vida se Deus já me deu o dom divino de ouvir e gostar de coisas boas?
Sem falsa modéstia, Otto pode.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

L'Immigration c'est Bienvenue!

Achei uma graça o vídeo da campanha pela Imigração no Québec. É bom saber que somos muitos...

Voilà!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vídeos

Coloquei aí na lateral do blog um link do youtube com nossos vídeos daqui...

ou mais vídeos aqui: http://www.youtube.com/gabrieladeamartins

Ah, hoje nevou!

:o)

domingo, 4 de outubro de 2009

Os Mutantes



Ontem inauguramos nossa vida musical por aqui, e o motivo não podia ser melhor: Os Mutantes.
O evento da vez é o Pop Montréal, que pipoca em vários campos da arte e da cidade. O teatro era o Le National, de 1900, cheio de história e charme. O público era majoritariamente de jovens encasacados e a companhia inusitada e agradável era do Hector, sua mulher Amélie e da Érika.

Fato é que passamos a semana toda dizendo que queríamos ir no show, que perdemos o show do Rio por bobeira e que seria uma experiência incrível – e foi!
A semana passou e não sabíamos onde seria o show, onde comprar ingresso e coisa e tal – não que falte informação por aqui, mas sim porque já estamos com informação demais na cabeça e talvez, num recurso barato, ela esqueça de algumas coisas de propósito...

Fomos então encontrar a Vanessa e o Muryllo às 21h no metrô Jarry, como tínhamos combinado, para ir ao aniversário do Maurício, marido da Paula. Outro casal que conhecemos através deles - a rede aqui é muito rápida! Chegamos lá estava aquela cantoria, comidinhas deliciosas e gente nova pra conhecer. O Hector foi uma delas. Papo vai papo vem e ele não parava de olhar no relógio, tinha hora marcada pra sair por conta do show dos Mutantes. Não deu outra, nos embrenhamos e… voilà, Le National!

Estavávamos conversando e Hector falava sobre como tem coisas que você faz pelo Brasil só porque está longe dele. Ora vejam vocês, a gente não foi ao show do Circo Voador só porque era com a Zélia Duncan… a gente se seu ao luxo de não ir só porque estávamos ali, com aquilo ao alcance de nossas mãos. Aqui não podemos nos dar a esses luxos, o que é ótimo, pois nos proporcionou uma noite primorosa.

No filme Loki, Lucinha, mulher de Arnaldo, diz algo parecido com “eu me espanto com a repercussão que eles tem até hoje, não há divulgação e em qualquer lugar do mundo que eles vão, tem público…” e é verdade! Tinham vários jovenzinhos curtindo e vibrando com as músicas, casa cheia e Sérgio Dias falando em français com a platéia, a frase inaugural foi “Montréal, comment ça va?”

É isso, gente, o Arnaldo não estava. Aliás, acho que foi esse o recurso barato que nossa cabeça usou pra “esquecer” do show… No fundo, no fundo, nosso consciente dizia: “ah, se o Arnaldo estivesse lá, aí sim seria imperdível”. Fomos injustos (mas se o Arnaldo estivesse lá…) porque o Sérgio foi uma fofura. Fiquei arrependida da “implicância” que tinha com ele, quer dizer, não com ele, mas dele andando por aí sem o Arnaldo. O que faltava mesmo era ver o Sérgio ali, tocando e cantando a menos de um metro da gente.

Explico: Batone tem uma tattoo dos Mutantes no braço, só que como toda tatuagem a gente esquece dela, naturaliza aquele desenho parado ali no braço, vira algo como um nariz ou uma unha do dedinho mindinho, que você só lembra que existe se entope ou encrava. Mas quando estávamos indo pro show lembramos da tattoo, brincamos que aquilo devia valer no mínimo uma entrada vip.

Bom, pagamos com gosto a entrada e durante o show, quando o Batone estava simplesmente na frente do Sérgio, ele levantou a manga da camisa e mostrou pra ele a tattoo que se auto-iluminou. Sérgio estava no meio de um solo, viu a tattoo e balbuciou “noooooossa”, levantou a sombrancelha, deu um sorrido largo e balançou a cabeça como quem diz “que cara doido”.

Valeu a noite! Aquela tattoo ali prostada há quase 10 anos finalmente tinha encontrado o melhor motivo para ser exibida. Sorrimos satisfeitos e continuamos curtindo o show. Quando eles tocaram Ando meio desligado e a turminha brasileira do canto começou a cantar a banda fez um “oba, conterrâneos” e continuou a música com ainda mais gosto.

Sérgio falou o tempo todo em francês ou inglês, não arranhou no português horinha nenhuma. Ter mostrado a tattoo valeu mais que uma entrada vip, pois quando tocaram Sabotagem, na hora da guitarrinha ele olhava pro Batone e sorria feito tio mostrando pro sobrinho como se faz. Isso aconteceu mais umas duas vezes até que quando ele tocou Jardim Elétrico, se agachou na frente do Batone, que mais uma vez mostrou o escudo da alegria e Sérgio não se fez de rogado, encostou a ponta do braço da guitarra no braço do Batone e ficou ali, solando naquela corrente de energia Sérgio-Guitarra-Batone-Tatto-Mutantes, no estilo “Super Gêmeos, ativar!”.

Não precisava mais nada! Nem se lamentar por ter perdido o show do Circo… O show acabou, eles voltaram pro bis – Bat Macumba e Panis et Circenses – e o fim memorável: eis que Sérgio vem especialmente para cumprimentar o Batone, aperta forte sua mão e olhando fundo nos olhos dele passa-lhe a… tcham, tcham, tcham, tcham… palheta sagrada! Dá pra crer? A jovenzinha quebecoise do lado só conseguia dizer espantada: “nice, nice…”

Agora a palheta está aqui em casa, escrita de um lado "Os Mutantes" e do outro "Sérgio Dias".

E Arnaldo estava lá, a todo momento, na Balada do Louco e no fenótipo de Sérgio Dias…


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

conexão rio-montréal


E uma canção nova do Batone, feita especialmente para esse momento, escutem "Noir"...

domingo, 30 de agosto de 2009

Viva! Acharam o Belchior!

Gente, é claro que ele não tava desaparecido, né? Tava só na dele curtindo a latinidade... quer coisa melhor? Tá lá... no Uruguai. E a justificativa, claro, só pode ser a música.

E isso é sempre um bom motivo. Um amigo meu, o Pipo, palhaço (palhaço é o que ele é mesmo, estou falando de profissão e de maneira de encarar a vida), antropólogo e músico acabou de voltar de uma viagem latino-musical pela nossa América do Sul. Chegou aqui e me mostrou duas músicas fantásticas que ele trouxe de nossos hermanos uruguaios e argentinos. Eu, que sou mesmo uma enlatinada (inventei agora essa palavra para fazer uma frente ao enlatado, hihi - hum, isso dá uma tese...) mas muito desatada do que há de novo nos países irmãos, fico sempre feliz em saber que estamos tão bem acompanhados de fronteiras. Só o Pipo mesmo pra me dar esse presente.

Acho que o Belchior tá fazendo uma viagem como a do Pipo, vez em quando faz-se necessário retornar às raízes, colocar o nariz vermelho, pegar a violinha e sair por aí... à palo seco!

Belchior bem sabe disso!

sábado, 15 de agosto de 2009

Because é, ué!

A palavra mais bonita do inglês é because. Parece estranho ter uma palavra bonita nessa língua feia, mas tem. E é because. É mais bonita que o nosso porque. E não tem por quê. Because, é a causa.

Because eu posso agora usar três línguas, escolho só as paroles mais bonitas de cada uma pra fazer o dia mais bonito. Because funciona assim:

"- Vamos ao cinema?
- Que tal amanhã?
- Por quê?
- Because is dimanche."

Entendeu?

E because os Beatles são os Beatles eles ficam assim, de trilha sonora das vidas.
Tentem escutar. Por quê? Because é muito bom...



Because (Lennon/McCartney)

Because the world is round it turns me on
Because the world is round...ah

Because the wind is high it blows my mind
Because the wind is high...ah

Love is old, love is new
Love is all, love is you

Because the sky is blue, it makes me cry
Because the sky is blue...ah

Conta final

Porque no final o que fica é a lembrança.

E uma grande lembrança serão vocês, queridos colegas de trabalho da nossa TV Brasil... ou TVE! Quando começar meu novo trabalho nas terras geladas vou lembrar muito de vocês...


Ivan, garoto papa-goiaba. Mengão, Nikiti, Buzios, Itaquá... e ainda tem que trabalhar!!! Vida de estagiário não é mole não, Ivan! De você levo a certeza de que sempre é preciso começar.
Cláudio, esse menino desconcertado ninguém quer perder! Seu nome é talento e eficiência. Tá, e um pouquinho de mal-humor também... Com sua conduta discreta não esboçou nenhum espanto com minha saída. Fiquei desolée! De índole prestativa vive sendo disputado pela casa. Mas duvido que queira deixar essa trupe fantástica. Um querido que faz maravilhas virtuais e amigos reais...
Ricardo, você foi uma surpresa muito boa. No dia que cheguei no 11º andar nem deu bola pra mim e ainda fez cara feia... pensei "Ah, ele deve ser muito legal!". Estava mantendo a tradição: na Darcy eu te dava boa noite e nada de resposta... Aqui eu dava bom dia na catraca e nada de sorriso.... Mas no Interprograma finalmente o coração se abriu e agora levo comigo a lembrança de um chefe amigo que mesmo brabo permanece manso. Até dizendo palavras chulas! (Ouvi coisas terríveis naquela ilha! Um horror...). De coração de ouro é sem dúvida um exemplar divino de ser humano. Um fofo!
Renata, nossa história é antiga! Primeiro em 2002, na trupe Denival, com atitudes dispersivas e adeptas da estética do farrapo. Depois rodei e acabei voltando pros seus braços. Nos divertimos um bocado e mesmo morrendo de tédio ainda havia um bom motivo pra uma risada! Lembra do dia em que falamos com o Dan? rsrs. Levo de você comigo a força de Yemanjá! Não é a primeira vez que nos despedimos e nos reencontramos. Certamente muitos ainda virão por aí.
Litza, a maior surpresa de todas. Um doce de pessoa escondida numa antipatia elegante. Fiquei na minha até me permitir mostrar pra você e me permitir te ver de verdade. Resultado: adorei! Com minha mania de procurar amigos por aí, rapidinho você ganhou um canto reservado no meu coração. Generosa que é foi até minha casa e deu uma geral na bagunça do meu guarda roupa que desatou finalmente a bagunça do estranhamento inicial. Levo de você uma mala muito mais organizada e eficiente e, claro, a certeza do reencontro.
Clarissa, uma boneca mineira. Ô muié! Duns tempos pra cá grudou ni nóis, danô de falá e fazê roteiro e se bobeá ainda chama os ômi de paiaço. Quando a coisa trapaiô a equipe num pensô duas vêis, pra mode fazer o núcleo andá falou: Traz essa muié prá cá, uai! Aí a coisa foi... Esse interprograma é dos bão, sô! De você levo uma dança de bonecos num palco de sotaques e brasis... e ainda que eu esteja na Lua, lá comigo estarão!
É isso, gente, eu tô indo!!!!!!

:o)
beijos já saudosos,
Gabi

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Passagens compradas!!!

Agora é só exclamação!
Vamos dia 15 de setembro pela Air Canada.
Faremos o trajeto Rio-São Paulo-Toronto-Montréal.
Chegaremos 8:40 da manhã, junto com o dia!

:o)

Oba!

sábado, 8 de agosto de 2009

Chegaram os passaportes!

ihu!

oba!

ohhhh!!!!

grmmmm!!

iurgh!!!!!!

AAAAA!!!!

ui!

êêêêê....!!!!

Pra esse momento só me restam onomatopéias!



...


Ah! E, claro, um momento coincidência: foi justamente no dia 08/08/08 que chegou a carta confirmando a abertura do processo. E agora, exatamente 1 ano depois, dia 08/08/09 chegam os passaportes concluindo o processo! Incrível não?

O que será que vai acontecer no dia 08/08 de 2010?!

:o)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Onde fica?

O que eu acho mais incrível nesse história toda é querer ir tanto pra um lugar onde nunca estive. Pelo menos que eu me lembre...
É claro que o mais difícil começa agora, mas o otimismo e as perspectivas são tão boas que a provação, espero, passará numa boa.

De Montréal sei da localização, dos festivais, do cirque, do soleil, dos imigrantes, de alguns lugares interessantes para ir, alguns parques para visitar e de uma neve pra gelar.

E isso basta! É chegada a hora de partir!

taí o lugar:

terça-feira, 28 de julho de 2009

vou pra lá

.
.
.
um lugar pra se falar mais de uma língua
pra se ver mais de um olhar
e pra morrer de mais de uma saudade
.
.
.

Pedido de Passaportes

:o)

É isso!
Recebi agora de manhã do Josinaldo, o porteiro, a cartinha com a solicitação dos passaportes para o Visto. Achei interessante pois na própria carta eles sugerem que decisões como pedir demissão e se desfazer dos bens (haha) só sejam tomadas após receber o passaporte com o visa.

Controlar a ansiedade é a alma do negócio!

Inspira, expira, inspira, expira....

terça-feira, 14 de julho de 2009

torra-torra!!

Inevitável: começamos o torra-torra!

segue o link:

http://lecinemusique.weebly.com/index.html

quem chegar primeiro leva!

:o)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

mi casa, tu casa

"Outro dia, sentada no bar com amigos, ouvi dizer: ética é o melhor de si mesmo. ou algo assim. e fiquei com isto estalando por dentro. estou às voltas com a tal 'cooperação internacional', seja no trabalho, seja nas teias afetivas que me sustentam e alegram. e nesta torre de todas as cores e letras possíveis, há quatro termos sagrados: diversidade, paz, diálogo e tolerância. - antes de escrever sagrado, ia escrever 'bíblico', mas pensei que estaria deixando de lado as muitas possibilidades de fé, inclusive a fé matéria-bruta que é a fé no outro. aliás, aprendi um termo novo: plurinacional. e gosto deste porque plurinacional não nega a origem, conjuga hábitos comuns e aceita a diferença. eu tenho o verde-amarelismo um pouco desbotado. não por vergonha, negação ou rebeldia. é desbotado porque me permiti expandir, simplesmente. me permiti bagunçar cores, ritmos, palavras, jeitos, temperamentos. bagunçar não como quem visita, mas como quem faz parte. é bem diferente e é preciso comunhão entre quem dá e quem recebe. uma coisa é ser anfitrião, outra é ser hospitaleiro. alguns podem ter me visto imigrante, se fui, foi apenas sob uma condição: imigrante de mim mesma, porque não moro em mim faz tempo. mais que isso: não caibo. atravessar a rua pode ser perigoso e não é pelo outro parado suspeitamente na esquina. é por você mesmo - eticamente falando..."

Esse texto é da minha amiga Vanessa é o resultado de nossos papos sobre ir e vir de dentro e fora de nós mesmas. Ela, que já foi imigrante na Espanha, hoje está aqui pra me dar um abraço bem apertado quando chegar a minha hora.

Juntas chegamos à confabulações sobre o mundo e sobre nós que não cabem nem mesmo em nosso abraço.

Que bom é partir sabendo o lugar de origem...

beijos, minha amie!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Oi, Dr. Canadá!


Essa relação postada com o consulado tende a nos deixar um pouco carentes de alguém que possa nos ouvir, nos olhar de perto e fazer um afago. Seria o máximo, pra mim que adoro um chamego, que cada etapa fosse tête-à-tête com alguém do consulado pra dar um sorriso, um abraço bem apertado, desejando que tudo caminhe bem, que nos diga "nossa, que coragem!" ou que tire, com aquela benevolência amiga, nossas dúvidas mais tolas.

Aí quando a gente tem que ficar de frente com a entrevistadora ou com o médico que realiza nossos exames dá aquele alívio, vontade de puxar assunto, partilhar a ansiedade, perguntar o que ele pensa sobre nossa decisão como se ele fosse o próprio país de destino. É o Canadá personificado na figura do Dr. Alexandre ou da Mme Judith, e nós ali, retirantes, recém chegados... "Tá tudo bem comigo, senhor doutor Canadá?".

Hoje fizemos nossa consulta médica aqui no Rio e amanhã faremos os exames clínicos. Aflição danada na espinha é assinar aqueles papéis que o médico dá pra gente ali, na hora. Em relação ao processo, a fase mais delicada - a da entrevista - já passou, e ainda assim assinar papéis no consultório médico causa frisson ainda maior. É, me parece que estamos muito perto da nova morada...



( A foto foi tirada no consultório médico. O personagem principal é mesmo o envelope, tão aguardado por esses quase seis meses.)

sábado, 4 de julho de 2009

Pedido de Exame, nascido em 4 de julho!

Acabaram de chegar nosso pedido de exames, num sábado. Acordamos e estava debaixo da porta!

Oba!
iupi!
yhu!

Impressionante como que a angústia da espera acaba no exato momento da chegada... simples assim!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

en passant


Livros! Peguei-me a observá-los em algum desses dias em que fico confabulando qual será o destino dos nossos bens mais valiosos e coloridos (incluam-se aí também os discos!). As dúvidas são muitas e a certeza só uma: sem eles não temos história e se mudar de país passa longe de mudar de história, ao contrário, a proposta é complementá-la. Para tanto temos que juntar nossos valiosos livros em portugues aos futuros livros que leremos em francês e em inglês. Paspalhamente falando fica fácil confessar que boa parte deles não foi lido e o que fica é o fato de que eles estiveram ali o tempo todo me pedindo e agora de repente eles vão sair do meu campo de visão! Mas assim, sem mais nem lendo?! E pra não ficar essa sensação terrível de vazio ou tempo perdido (culpa!), resolvi me impor um desafio inspirado num blog que vi en passant que lançou um desafio: ler 50 livros em 2009. Como estamos em fins de junho, o mês mais canjica do ano, vou me lançar o desafio de ler 25 livros em 1 semestre. Começa dia 1º de julho, o dia da mudança! (sugestivo). Não é uma conta fácil: dá uma média de 4,16 livros por mês. Praticamente 1 por semana! Uau! (será que eu tô viajando?)... O caminho é longo...




Bem, foi dada a largada!!!





sábado, 2 de maio de 2009

Clip de "Noturno" (Batone)

O Batone está gravando o segundo disco dele no estúdio Filet com Fritas, aqui no Rio. O primeiro disco foi gravado lá em Londrina.
A Filet com Fritas é também uma produtora de imagem (fotografia publicitária e audiovisual). Taí o resultado de uma tarde com uma câmera na mão do querido Júnior, o Ely Arcoverde.
Um clip pra música "Noturno", na cidade diurna do Rio de Janeiro.


sábado, 18 de abril de 2009

1 avô e 6 tios

Às vezes fica difícil dimensionar como uma decisão sua pode gerar uma série de reações.
É isso. Primeiro um toma uma decisão e muda de lugar, depois o segundo decide por outro lugar e, por fim, essas decisões mudam tudo de lugar dentro de alguém que fica.

Foi assim que ganhei num só domingo 1 avô e 6 tios. De repente minha mãe disse "Dizem que ela é muito parecida comigo, talvez seja minha irmã, vamos lá ver?"
A gente foi... e era.

Agora ficou em mim a história de um novo avô, um que eu não conhecia. Diferente daquele que tínhamos orgulho apenas por ter sido idealista e que um dia havia levado um pacote de creamcracker pra minha mãe quando ela era nesse mundo apenas um bebê. (será essa a história ou a poesia?).

Agora a gente sabe que ficou dele também uma família nova, amorosa e carinhosa que quer ver de perto tudo o que diz repeito ao passado desse pai. O pai deles. Melhor: o pai de todos eles.
São 6 mais 3. São 9...
1 pai e 9 histórias.

Essa conta rende um avô.

Taí uma nova história que começa nessa vida. Mesmo que não seja o início da vida.
Essa música é uma boa trilha sonora pra se recontar essa história.

Ela é pra minha mãe e pro meu avô Alberto, que lá do outro lado do céu derrama num papel novos poemas de amor...



Cheio de Vazio (Paulinho Moska)

O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio
Cheio de vazios que transbordam
Seus sentidos pelo meio
Meio que circunda o infinito
Tão bonito de tão feio
Feio que ensina e que termina
Começando outro passeio

E lá do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

Amor é o nome que se dá
Quando se percebe o olhar alheio
Alheio a tudo que não for
Aquilo que está dentro do teu seio
Porque seio é o alimento
E ao mesmo tempo a fonte para o desbloqueio
E desbloqueio é quando aquele tal vazio
Se transforma em amor que veio

Lá do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

Do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Subúrbio do Mundo

Escrito pelo meu irmão Saulo de Andrade, jornalista, músico e imigrante na Austrália:

O subúrbio do mundo

Coisa mais interessante é ser cleaner de shopping (faxineiro de shopping), aqui na Austrália. Sinto-me como um retirante nordestino, que, ao chegar no Rio de Janeiro, com muito esforço, consegue um emprego no Plaza Shopping Niterói (Praza, de humilde, né!), garantindo mais um "posto de trabalho" (como gosta de afirmar a nossa podre elitizinha direitista).

Eu, neste caso, sou um retirante do mundo. Venho de um exótico e distante país. Um "planeta" diferente, ao sul das Américas, muito conhecido pela violência, pelas festas (Carnaval!! Uhu!!), pela corrupção, pelo futebol cinco estrelas e pelas lindas "bailarinas", que supostamente falam espanhol ("Não? Sorry! No Brasil vocês falam português? Ah, não sabia"...).

Todas as loirinhas Anglo-Saxônicas -como em qualquer shopping da Barra-, empurradas pela correria do sonho pequeno-burguês de cada dia, são praticamente um objeto distante da minha realidade.

Invisível, faz-se necessário esquecer -durante o período laboral- toda a sua bagagem acadêmica. Afinal, limpar o chão de um templo de consumo é o que resta, pelo menos por enquanto, para a maioria dos imigrantes latino-americanos, quando a busca por dinheiro que paga as contas se torna mais importante que qualquer pseudo-posição na pirâmide social (especialmente em períodos de Crise Financeira Mundial).

Hoje à tarde passei por um episódio curioso.

A neo-zelandesa que trabalha comigou me perguntou: "Você gosta desse trabalho?". E eu disse: "Na verdade, eu não gosto, mas é razoavelmente bom, já que consigo viver dignamente trabalhando como cleaner. No meu país sou jornalista". Espantada, desengonçada, envergonhada e sem o menor traquejo, ela chutou o balde, deixou a água quente cair no chão, e continuou, com os olhos arregalados de susto ("afinal, como pode um ser pensante trabalhar 'COM ISSO'?"): "Mas o que você está fazendo aqui, limpando?". E eu disse: "Isso é o que tenho de fazer para bancar meus estudos por aqui, qualificar-me e, quem sabe, voltar ao meu país para tentar -eu disse tentar- recomeçar a minha vida profissional e receber o mesmo salário (ou menos) que recebo mensalmente aqui, mas trabalhando lá, como jornalista".

Definitivamente, ser faxineiro no Primeiro Mundo é um excelente exercício sociológio -propício para aqueles que pensam estarem construindo seus castelos, isoladamente de todo tipo de miséria humana. Coitados. Muita "gente bonita" -de alma pobre- de nossas grandes cidades não percebe que, no fundo, a favela são eles mesmos. Somos nada menos que o subúrbio do mundo.

Saulo Andrade, de Brisbane, Austrália.

quinta-feira, 5 de março de 2009

fel

Demora né? mas ao mesmo tempo também passa rápido...
Enquanto isso vamos com a fofa da Josée Madore, nossa tutora do curso do Fel, antecipando um pouquinho do que será. Ela é super eficiente, quando a gente manda os exercícios orais ela responde com os comentários já no mesmo dia. Super ágil! Que nem o tempo!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

accusé de réception

Chegou a carta do consulado confirmando o recebimento dos documentos...

Nem acredito!


:o)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Bnegão

Ah, uma música que vem muito a calhar! Se puderem escutem (fico falando no plural achando que tem um monte de gente lendo... haha, meus amigos imaginários!), ela é boa pra quem está nesse compasso de espera e também pra toda a vida.

É do nosso querido Bnegão, que aliás me disse que a parte preferida dele no Canadá é o Québec, nas palavras dele "o Canadá é classe" e "Montréal é responsa total", nada mal heim!

O Processo
Composição: (Letra: Bnegão/ Música: Kalunga, Pedrão, Muzak, Pedro Garcia e Bnegão)

Esse som é sobre a ciência da persistência versus a preguiça e a descrença
Paciência é a sapiência do espírito
Viver no presente é a base, a chave para seguir bem na viagem
Evita o desgaste desnessessário durante o seu intinerário no planeta
Esse som é sobre o processo

O PROCESSO É LENTO

Rápido se monta uma moradia precária
Lento se constrói uma casa segura
Rápido a tv te entope de banalidades
Lento uma leitura certeira te dá um levante
Rápido se faz uma pixação
Lento se faz um grafite bem feito
Rápido uma moto se espatifa contra uma parede
Lento uma goteira contínua consegue perfurar a mais compacta pedra

O processo é lento (não tô dizendo que é fácil…)
O processo é lento Tem que trabalhar, trabalhar feito um operário (só que sem horário)
O processo é lento
O desapego do resultado é importante
O processo é lento
O caminhar contínuo nessa vibe deve ser o modus operandi

Rápido se faz um aterro pra cobrir o mar
Lento o mar retoma de vez o seu lugar
Rápido se derruba uma árvore secular
Lento desenvolve-se uma planta curativa
Rápido a violência tenta se justificar
Lento se percebe aonde tudo isso vai chegar
Rápido o mundo acelera sua degradação
Lento, o novo pensamento vai dando sinais sutis da sua existência

Processo de justiça: lento
educação: lento
Processo é lento de informação (lento)
Percepção: lento
Aprendizado:lento
Processo é lento de evolução (lento)

Processo quase eterno de repetição, irmão
É por isso que eu digo, leva fé
A parada é essa, não tem outra
O negócio é seguir no melhor estilo conta-gotas
¨Numa relax, numa tranquila, numa boa”
Dentro das possibilidades, procurar a melhor opção

O processo é lento
Realidade não é sempre o que parece
O processo é lento
Aceitação e compreensão da situação baixa consideravelmente a taxa de stress
O processo é lento
Só segue quem se fortalece
Pega a responsa pra si, e é isso aí
O processo é lento
Sem ficar de guerri-guerri, sem ficar de ti-ti-ti
O processo é lento
Porque o processo é lento, mas é assim que a gente vai pra frente, cumpadi
O processo é lento
Procurando uma melhoria, um futuro um pouco mais descente
O processo é lento
É, o processo é lento, mas tamo nessa
Tá junto, tá junto.

etapa federal e outras coisas boas

No dia 07/01 postamos o envelope com os documentos da etapa federal. Yhu! Imigrar exige organização, paciência e perseverança, que começa justo na junção de todos esses documentos.

Seguinto a cartilha do beabá dos blogs imigrantes, segue abaixo a lista de tudo que foi dentro do envelope do nosso trousse de demande de visa de résident permanent.

Pra quem ainda tem dúvida:

- Demande de résidence permanente au Canada (preenchido pelo req. principal);

- Annexe 1: Antécédents/Déclaration (preenchido pelos dois);

- Renseignements additionnels sur la famille (preenchido pelos dois);

- Annexe 5: Déclaration d`intention de résider au Québec (preenchido pelo req. principal);

- Certificat de seléction du Québec (dos dois);

- Cópia do passaporte do requerente principal e do cônjuge;

- Cópia de certidão de nascimento do requerente principal e do cônjuge;

- Cópia da Declaração de União Estável (Conjoint de fait);

- Cópia da carteira de identidade do requerente principal e do cônjuge;

- 6 fotos (3,5 x 4,5) do requerente principal e do cônjuge;

- Certidões de Antecedentes Criminais emitidas pelo Estado;

- Certidões de Distribuição, Ações e Execuções de Natureza: Cíveis, Criminais, Execuções Fiscais e Juizados Especiais;

- Certidões de Antecedentes Criminais da Polícia Federal;

- Comprovante de pagamento das taxas

Quanta coisa né?

Bom, e pra sair da rotina porque nem tudo de bom nessa vida diz respeito à imigração: vocês sabiam que o fotógrafo dos filmes do Almodóvar é um brasileiro? Sim! Chama-se Affonso Beato, o cara é bom mesmo. Aquela atmosfera colorida e quente do Almodóvar vem dele... legal né?

Ele começou a carreira na década de 60, com "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" do Glauber, e depois saiu pipocando por aí com filmes como "Tudo sobre minha mãe" do Almodóvar, "A Rainha" de Stephen Frears, "Água Negra" de Walter Salles, e por aí foi...

Agora ele volta ao Brasil pra fotografar a nova mini da globo, "Maysa", que tem mesmo estética de filme... e não por acaso, já que em breve estará também na telona.

Agora uma dica pra quem gosta do Michel Gondry (de "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", "Sonhando Acordado" e "Rebobine por favor"): pra quem não sabe, antes de fazer esses três longas supperbes ele dirigiu os clipes mais legais que já vimos do Paul McCartney, Chemical Brothers, Björk, Withe Stripes e outros. E nesse fim de semana, na MTV, vai ser exibido uma videografia do Michel, no sábado (10/01), 22:30 e reprise no domingo (11/01), 17:30.

Nous ne pouvons pas perdre!

bisous