sábado, 30 de janeiro de 2010

Clowns


Uma tarde com fotos e saudade resulta num albinho virtual de família.
Pipo, meu querido palhaço Matraca. Ou Marcus Vinicius Matraca... Seu Doutor.
Du, Dudu e Edu, que saiu com Batone e Pipo numa tarde de clownaria azul de 2003, no Rio. Nosso Rio, em janeiro.
Batone, meu benzinho, que fez a música, Acrobatas Epiléticos.
Adoro essa turminha!
Esse é meu picadeiro!
Taí um albinho virtual pra gente guardar esse momento, clique aqui!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dica - TV

A Radio Canada colocou todo o conteúdo de sua programação na íntegra, no site www.tou.tv

Bom pra conhecer a cidade, a província, o país...

Minha dica é o programa Mange ta Ville, de temas variados no modelo Didi Wagner no eixo NY-SP (Lugar Incomum - MultiShow).

A apresentadora aqui é a Catherine.
Pratique seu francês québécois e conheça mais de Montréal. No programa de hoje, o espaço público, clique aqui.

E pra assistir outros programas, é só aproveitar o site!

domingo, 17 de janeiro de 2010

pra Lamie

Ontem fui no cinema com a Amélie e com a Erica, fomos ver o filme do Almodovar, finalmente. Eu adorei, achei triste e fiquei até com vontade de chorar. A Penélope Cruz é tudo, linda e ótima atriz, sou fã daquele jeito magrela dela, me dá até orgulho de ter pernas finas! Mas enfim, a minha vontade aqui não é de falar das cores de Almodovar ou do corpinho frágil de Penélope, quero é falar de Lamie (Litza + Amie).

Lamie é minha amiga que achei lá na TV Brasil. Partilhávamos belas manhãs, onde Av. Chile virava Av. Paulista, barzinho da Joaquim Silva virava Pub Londrino e prazos e pressões de trabalho viravam só algumas horas da nossa vida de jovenzinha com marido e cinemas para frequentar.

Quando voltei do cinema ontem peguei um ônibus, pois o metrô estava lento por conta de um acidente. Por incrível que pareça pegar ônibus aqui é mais gostoso que metrô, sobretudo de noite. A gente vem reparando na cidade, na ordem de cada rua, nas luzes do Natal que ainda estão aí (e acho que devem ficar até o fim do inverno). Aí vi um outdoor que dizia:

"Il est seize heure. Savez-vous où est ton rayon de soleil?"
(São 16h. Você sabe onde está o seu raio de Sol?"

e abaixo da frase:

"Le solde évasion hivernale"
(saldão de inverno)

e logo abaixo, pequenino, o nome da loja ou empresa (Expedia).

Na hora achei genial, a melhor propaganda de shopping de todos os tempos! Explico: no inverno 16h aqui já é noite, é o horário de rush, o metrô ferve e os engarrafamentos também. Horário nobre na tv é 18h, hora do jornal. Eu até que gosto de anoitecer cedo pois a noite fica longa e a gente pode fazer muitas coisas noturnas numa noite só.

Assim como gostava muito quando anoitecia quase 21h e o dia ficava imenso, pelo mesmo motivo.

Pensei "caramba, tenho que falar com Lamie dessa propaganda": você sai do trabalho, já está escuro e inverno e seu raio de Sol está nas compras, Lamie vai amar isso!

Mas aí cheguei em casa e vi que Expedia é uma agência de viagens, ou seja, hora de se mandar pra Flórida! (Ou Búzios, pros imigrantes vindos do Rio). Aí a propaganda não ficou mais tão sensacional assim, ficou meio óbvia...

Mas Lamie continuou nas minhas lembranças.

Lamie, você nem acredita, quando fui no shopping gastar o cartão presente que ganhei de Natal no trabalho a música que estava tocando era... Keane! Shomewhere only we know. Não acreditei, acho que você estava lá comigo, partilhando esses lugares que a gente conhece bem e que podem ser tudo que a gente quer que eles sejam...

Obrigada por tudo, pela boa companheira que foi nos breves e transformadores momentos em que estivemos juntas!



domingo, 10 de janeiro de 2010

A Grande Biblioteca


La Grande Bibliothèque
é um luxo. É a Biblioteca Nacional nossa, quer dizer, deles, quebequenses. Já estive lá uma vez pra visitar e dar uma "bisoiada" geral. Ontem voltei lá mas dessa vez pra valer, pra virar sócia e começar a atacar nos livros. Antes, claro, fui na minha querida biblioteca do bairro, Ahuntsic, e lá encontrei boa parte do que precisava.
As bibliotecas de bairro são da prefeitura e a Grande Biblioteca faz parte da instituição "Bibliotecas e Arquivos do Québec", ou seja, ela é provincial. As bibliotecas municipais são uma rede, o que nos permite devolver os livros ou filmes emprestados em qualquer uma das bibliotecas da cidade. E se algum material que você precisa está em outra biblioteca, você pode fazer o pedido e em 10 dias o livro tá do lado da sua casa. Aqui de A à Z a lista com todas as bibliotecas da cidade. Procure a sua!
Os livros pegos na Grande Biblio também podem ser entregues nas bibliotecas dos bairros, mas não o contrário. Para usar os serviços basta um comprovante de residência e um documento com foto. E é gratuito.
O acervo de ambos os serviços, municipal e provincial, é magnífico. Encontrei 9 dos 10 livros que precisava e a gente pode ficar 21 dias com os livros renováveis por 2 vezes. Se atrasar, a multinha é em dinheiro. Nada exorbitante.
Serviço recomendado pra estudantes ou interessados de qualquer área. Bom também para passar uma tarde quando se está no centro da cidade. Vi várias pessoas cochilando com livro na mão...
Na Grande Biblio tem de tudo: periódicos, livros, filmes e revistas do mundo todo. Encontrei até revista Veja da semana... Vale a pena! (opa! não a Veja, a Biblioteca, heim.)

Minha vizinha mais ilustre, Bibliothèque d'Ahuntsic.


A Grande da cidade, La Grande Bibliothèque:


Hall de entrada da Grande:

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

1º dia de aula


Hoje foi meu primeira dia de aula no mestrado em cinema, da Universidade de Montréal (UdeM). Na ída, no metrô, pensava que se passaram exatos 10 anos desde a minha última primeira vez na universidade, quando comecei a estudar na UFF (RJ), no ano 2000.

10 anos se passaram mas a sensação é a mesma, quer dizer, um pouquinho mais apurada.
Há 10 anos começar a estudar na UFF simbolizava começar a vida adulta (e isso quando a gente tem só 20 anos), as expectativas eram infinitas, como agora. Hoje, já inaugurada na vida adulta, a sensação não é de tanta novidade com o ambiente acadêmico, mas sim de renovação, reciclagem. É como poder sentir de novo aquele gostinho de "sou nova no assunto, preciso estudar isso à fundo", que dá uma inflada no peito e uma crença de que tudo é possível desde que a gente coloque esse tudo no meio do caminho da gente.

O metrô estava cheio de alunos da UdeM, cada um concentradinho em sua leitura, seja de jornal, livro, caderno de anotações ou revista. Reparei e os assuntos lidos entre os 6 jovens que estavam ao meu redor eram diversos. Eu era a única que estava com o jornal nas mãos mas não conseguia ler, pois ainda fico enrolada com tanto cachecol, luvas e toucas... (detalhes: todos estes jovens estavam de pé no metrô lotado! Um dia chego lá!).

Pra variar me perdi, pois o campus é imenso e o frio não ajuda em nada na agilidade. Cheguei na hora mas de tanto me perder só consegui achar minha sala às 8h45, sendo que a aula começava 8h30. O pior: a sala tava vazia! E pra todo mundo que perguntava "cadê o povo?", só ouvia "desolé...". Aí resolvi ir até o departamento de cinema pra ver se uma boa alma me dava alguma explicação. Pra chegar lá foi meia hora! Peguei uns túneis, várias informações desencontradas e, quando estava quase desistinho, eis que achei a secretaria do curso. Com a maior serenidade do mundo a mocinha informou: "a aula é na sala aí da frente...". Já era 9h15, eu estava super atrasada mas ela disse que eu podia entrar mesmo assim. Entrei e, claro, a aula parou. Eu pedi mil desolés até que a própria coordenadora se desculpou pela mudança repentina de sala. Tudo certo no final.

Acho que voltar à Universidade será sempre como voltar aos velhos tempos, onde os tempos vindouros parecem sempre promissores. Bom é acumular tantos bons velhos tempos... Essa temporada promete!